quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Zilda Arns

 
 

Pediatra e sanitarista brasileira, Zilda Arns Neumann foi a fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança - organização que tem como objetivo promover o desenvolvimento integral da criança de zero à seis anos de idade.
Nascida em 21 de agosto de 1934, na cidade de Forquilhinha, Santa Catarina, Zilda Arns cursou medicina na UFPR  ainda na década de 50. Ainda no início da faculdade, Zilda começou a cuidar de crianças menores de um ano e se impressionou com a quantidade de crianças acometidas por doenças de fácil prevenção, como a diarreia e a desidratação.
Depois de formada, Zilda Arns se aprofundou em saúde pública, pediatria e sanitarismo, com o objetivo de salvar as crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência. Ela acreditava que a educação seria a melhor forma de combater as doenças de fácil prevenção. Para isso, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres. Essa metodologia é basada no Evangelho de São João, onde Jesus saciou a fome de mais de cinco mil pessoas com o milagre da multiplicação dos peixes.
Em 1983, a pedido da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), criou a Pastoral da Criança. Vinte e cinco anos depois, a pastoral acompanhou quase dois milhões de crianças menores de seis anos e mais de um milhão de famílias pobres em 4.060 municípios brasileiros. Neste período, mais de duzentos mil voluntários levaram solidariedade as comunidades mais pobresaos lugares mais pobres. A cada mês, havia a visita domiciliar às famílias, o "Dia do Peso" ou o "Dia da Celebração da vida" e a reunião mensal de avaliação e reflexão.
Zilda Arns foi uma das vítimas do terremoto que atingiu a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, em 12 de Janeiro de 2010. Em missão humanitária, ela discursava para um grupo de 150 pessoas quando as paredes da igreja começaram a desabar. Zilda Arns morreu ajudando o próximo. Esta grande mulher ganhou vário prêmios nacionais e internacionais. Abaixo, um trecho de um de seus discursos:

"(...)Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade.
Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quando a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.(...)"

Um comentário:

  1. São pessoas assim que nos fazem ter esperança ...tanata crueldade no mundo, mas existem pessoas de bem e de deus!parabéns pela matéria!

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